[30-21] [20-11] [10-01]
30.Ariel Pink’s Haunted Graffiti
Mature Themes
Após o estrondo e hype em cima de “Before Today” e sua “Round and Round”, Ariel Pink volta em “Mature Themes” de fato mais maduro, porém sem perder de vista a bizarrice e o estranhamento, intimamente ligados a composições melódicas como poucas na música de 2012. (Matheus Vinhal)
O Chairlift apresenta seu primeiro disco como duo e o que encontramos é o aperfeiçoamento de um pop de timbres e texturas, em geral, de tons mais sombrios. Como um disco dos melhores fillers que os anos 1980 poderiam nos dar, há em “Something” uma beleza e cuidado pouco comuns em 2012. (Matheus Vinhal)
28.Lotus Plaza
Spooky Action At A Distance
Depois de anos nas sombras de uma figura tão idiossincrática como Bradford Cox, Lockett Pundt brilha em “Spooky Action” com a descrição que sempre lhe coube no Deerhunter. Muito preciso para ser dream pop, mas muito melódico para ser outra coisa, esse é um álbum que nunca se impõe, mas deslumbra sem questionamentos. (Livio Vilela)
27.Bat For Lashes
The Haunted Man
Após um álbum em que se dividia em duas, Natasha Khan preferiu mergulhar no seu próprio imaginário em “The Haunted Man”. A surpresa (e nem tão surpreendente assim) foi que ela acabou achando mais histórias para contar do que qualquer fábula de qualquer alter-ego. Despida de qualquer amarra, essa é a encarnação do Bat For Lashes mais vulnerável e mais poderosa que vimos até aqui. (Livio Vilela)
26.Death Grips
The Money Store
Antes de colocar uma ereção em close na capa de seu último disco, distribuí-lo gratuitamente na internet, tomar um pito da gravadora por fazer isso, xingar os executivos da gravadora por supostamente derrubarem o site oficial, publicar o email confidencial do executivo no Facebook, mandá-lo se foder e perder o contrato com uma major, o Death Grips lançou um disco. Que soa exatamente como se tivesse sido lançado por uma banda capaz de fazer tudo isso. (César Márcio)
25.Animal Collective
Centipede Hz.
Fazia tempo que o Animal não fazia um disco tão hermético, da capa horrenda aos desvarios de efeito de voz e percussão que o marcam do início ao fim. (Rafael Abreu)
“Luxury Problems” é o equivalente em música eletrônica a um bom filme de suspense. O segredo aqui não é quem matou nem o resultado final das músicas, mas a maneira inteligente e aterrorizante como Andy Stott nos conduz pelos caminhos tortuosos de suas batidas. (Livio Vilela)
23.Passion Pit
Gossamer
Pomposo até não poder mais, Michael Angelakos abusa do synthpop e interlaça em camadas as suas crises. Tira-se daí canções exageradas como as da Xuxa, e dadaístas nas letras. A máquina de hits funciona em “Constant Conversations” e “Take A Walk”; é regular em “Mirroed Sea” e “Hideaway” e entorna o copo em “Carried Away” e “It’s Not My Fault, I’m Happy”. (Túlio Brasil)
“Port of Morrow” é um belo de um trabalho, e acaba sendo o álbum mais imediato de uma banda que costumava nos ganhar aos poucos, pelas beiradas. (João Oliveira)
21.Bobby Womack
The Bravest Man In The Universe
Eloquente num tom sóbrio, Bobby é soberano sobre as bases graves e cruas do disco. Uma trilha melancólica de reflexões reprimidas pelo tempo. O discurso nas canções é de lamento por algo que passou. Felizmente o talento continua. (Túlio Brasil)