2012 foi um ano bastante prolífico para a música brasileira. Essa é a nossa lista de melhores álbuns brasileiros lançados esse ano.
[30-21] [20-11] [10-01]
30.Nina Becker & Marcelo CalladoGambito Budapeste
Por suas metáforas e simbolismos sobre o amor, o disco de Nina e Marcelo soa como um chamego compartilhado com o ouvinte. O casal (e a banda que os acompanha) desenhou no álbum um trejeito próprio e especial de tratar seu repertório. (Tulio Brasil)
29.Rafael CastroLembra?
Se por anos e discos a fio Rafael Castro soava como uma eterna promessa nunca concretizada, em “Lembra?” o compositor do interior de São Paulo faz seu primeiro trabalho bom do começo ao fim. Rock psicodélico, fritação e um bom humor incomum ao cenário independente brasileiro se misturam num dos álbuns mais divertidos do ano.(Livio Vilela)
28.Negro LeoThe Newspeak
As seis faixas de “The Newspeak” são desesperadas. Cada nota de Negro Leo faz surgir um jazz ou um poema como se estivessem prontos para a morte por afogamento. Por isso, talvez, vá ser esquecido. Mas, esperamos, só até Negro Leo lançar um álbum em que sintetiza toda a busca exposta em “The Newspeak”. (Yuri de Castro)
27.Vitor AraujoA/B
“A/B”, como diz bem o título, possui dois lados claros. No primeiro (e excelente), o pernambucano dá a impressão de que o Brasil finalmente encontrou seu representante tardio no post-rock/classíco minimalista. O outro (mediano) lado, no entanto, com estética e timbres muitas vezes discutíveis, mostra o quanto Vitor acerta com pontaria invejável o que sua música pode trazer tanto de forte quanto de fraco. (Matheus Vinhal)
26.Sobre A MáquinaSobre A Máquina
Concebido como tal, “Sobre A Máquina” expande e redefine os limites da música do grupo liderado por Cadu Tenório, ao mesmo tempo em que consegue ser o trabalho mais acessível do Sobre A Máquina. Apesar de “acesível” não ser exatamente uma boa palavra, pela primeira vez eles parecem estar em pleno controle de suas forças criativas, seja em monstros de mais de 10 minutos como “Dia” e “Árvore”, ou pequenos prazeres quase pop como “Oito”. (Livio Vilela)
25.Trupe Chá de BoldoNave Manha
Com “Nave Manha”, a Trupe Chá de Boldo dá um passo à frente no cenário independente brasileiro. É muito bom quando, de repente, um arremedo estético, mesmo que não rompante em seu todo, te lembra que é possível associar uma banda diretamente com algo realmente forte, mas algo vindo direto da canção. (Yuri de Castro)
24.TRATAKAgora Eu Sou O Silêncio
O projeto do catarinense Matheus Barsotti é uma busca que merecia mais destaque em 2012.Em “Agora Eu Sou O Silêncio”, é nítida a vontade de se estar em um não-lugar deste ano. E, mesmo assim, construções como a de “Apenas Rotina” são de se admirar. (Yuri de Castro)
23.Thiago PethitEstrela Decadente
Pethit continua encantado pelo universo do cabaré e do cinema estrangeiros, mas a produção de Kassin faz com que sua música dê um passo adiante. (Matheus Vinhal)
22.CambrianaHouse Of Tolerance
“House Of Tolerance”, primeiro álbum da banda goiana, caminha na fina linha entre o derivativo e o inédito. Tanto musicalmente, quanto liricamente, Luis Calil compôs um álbum de movimentos contidos, ligeiramente misteriosos, que soa confortável e convidativo. (Livio)
21.OttoThe Moon 1111
Com a mão cheia de cafonice e um perfume brasileiro da década de 80, Otto entrega um hit (“Ela Falava”), diverte com chavões e canta as músicas que o fazem “cada vez mais Otto”, apesar de não haver o deslumbramento do álbum anterior. (Tulio Brasil)