50 Melhores Faixas Internacionais de 2012

MELHORES_FAIXAS_INTER
Durante essa semana estaremos revendo os melhores e mais interessantes lançamentos do ano. Começamos pelas 50 faixas gringas que, após muito debate, representam os gostos dos 6 brutos dessa Fita. Acompanhe:

 

[50-21] [20-11] [10-01]

50. Flying Lotus – See Thru To U (Feat. Erykah Badu)
49. Jeri-Jeri – Mbeuguel Dafa Nekh” (Feat. Mbene Diatta Seck)
48. Kanye West – White Dress
47. Charli XCX – You’re The One
46. Ondatrópica – Suena
45. Jessie Ware – Running
44. Schoolboy Q – Hands On The Wheel (Feat. A$AP Rocky)
43. Icona Pop – I Love It
42. Haim – Forever
41. Frankie Rose – Know Me
40. Neil Young – Ramada Inn
39. Julia Holter – Marienbad
38. AlunaGeorge – Your Drums, Your Love
37. Burial – Kindred
36. Daniel Rossen – Return To Form
35. Frank Ocean – Super Rich Kids (Feat. Earl Sweatshirt)
34. Chris Cohen – Monad
33. Animal Collective – Applesauce
32. Azealia Banks – Jumanji
31. Rhye – The Fall
30. St. Vincent – Krokodil
29. Sky Ferreira – Everything’s Embarrasing
28. Sharon Van Etten – Serpents
27. Purity Ring – Fineshrine
26. Hospitality – Eighth Avenue

25.25-Usher-ClimaxUsher
Climax
[Ouça]

Em tempos que o pop virou dois, só Diplo, um produtor mais esperto do que talentoso, conseguiu circular com a mesma excelência dos dois lados do mercado. Se aproveitando da excêlencia vocal de Usher e imensa oferta de ideias despejada na internet por produtores do que poderia se chamar de “lo-fi r&b” (The Weeknd, jj, Purity Ring etc), Diplo fez de “Climax” um ponto de encontro entre o que toca na rádio e no soundcloud. A batida cria uma incrível e quase desconfortável sensação de espaço negativo, como se Diplo tivesse cortado a versão original pela metade só para atingir algum tipo de “mínimo denominador comum” da música atual. Na mesma medida, Usher contém seus “Yeahs” o suficiente para preencher com emoção os os espaços deixados pelo arranjo de Nico Muhly (conhecido por seu trabalho com Grizzly Bear, Antony e Jónsi). Em momento histórico em que a música parece igualmente divida entre impulsos maximalistas e minimalistas, Usher e Diplo triunfam por ocupar o que há no meio disso tudo. (Livio Vilela)

24.24-tame-impala-feels-likeTame Impala
Feels Like We Only Go Backwards
[Ouça]

A noção de história do Tame Impala é uma graça para os ouvintes. A adoração da banda australiana pelo período do final da década de 60 fez eles se derreterem em psicodelismo nos dois álbuns lançados. E “Feels Like We Only Go Backwards” é o diagnóstico da banda para a sua preferência: olhar pra trás. As guitarras caleidoscópicas soltam riffs em loops que dão uma sensação de infinito. Uma sacada lisergica muito vista em “Innerspeaker” e continuada em “Lonerism”. (Túlio Brasil)

23.23-chairlift-i-belongChairlift
I Belong In Your Arms

[Ouça]

“I Belong to Your Arms” não é single de “Something”, disco do Chairlift, à toa. A faixa resume a música do duo com perfeição: ambientação e arranjos ao mesmo tempo sombrios e sensuais, na qual Caroline Polachek pode ser ao mesmo tempo sedutora e ameaçadora. Solta como poucos vocais em 2012, Polachek em “I Belong to Your Arms” ousa, não erra e é uma ótima representação de todo o disco do Chairlift. (Matheus Vinhal)

22.22-grizzly-bear-yet-againGrizzly Bear
Yet Again

[Ouça]

As músicas do Grizzly Bear falam da vida como uma ficção. Destravar as letras da músicas do grupo novaiorquino não é o mais fácil exercício de coerência, mas subjetivamente chegamos quase sempre a uma conclusão lúdica e bela. “Yet Again”, numa linguagem que a própria canção usa, atinge a pontuação máxima desse jogo. Numa letra cheia de insinuações, os acordes principais da guitarra soam por mais tempo e chamam tônicas soltas no meio da música, notas que se perdem apenas para formar um enredo. Uma transcrição musical do tal ponto sem fim das relações mal resolvidas, terminadas antes mesmo das tentativas, como o refrão canta.(Túlio Brasil)

21.21-xxyyxx-about-youXXYYXX
About You

[Ouça]

As músicas com base na maconha, “weed”, tomaram mais uma vez o mainstream e as vias alternativas em 2012. O lado festivo e pop ficou com Wiz Khalifa em “Young, Wild and Free”, enquanto XXYYXX ia ainda mais grave no fumo em “About You”. Numa base caída em delay, ele desacelera samples na calma de quem traga um. Os períodos de relaxamento são intercalados com momentos de euforia, tal qual aqueles quando as baforadas dão efeito. Essa gangorra entre tensão e relaxamento é o maior ponto do jovem produtor de 16 anos, nessa espécie de pós-dubstep. (Túlio Brasil)


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