01.O conceito de “resistência” por todo o álbum
Há um sujeito indeterminado nas letras de Marcelo Yuka. Eles. Ora o recado é supostamente a quem propaga informação; ora pra quem pune em tribunais não sacrementados pela justiça oficial. Isso pode ser uma faca de dois gumes: um exemplo enfadonho é realizado constantemente por bandas como a também carioca Ponto de Equilíbrio. Não é o caso em “O Rappa”. Neste álbum, os ataques são tão certeiros quanto pouco apelativos — como devem se estruturar os bons argumentos. Por todo o disco há uma necessidade de se resistir não só à polícia, não só à mídia: mas ao inconsciente coletivo e ao senso comum. A peça mór está no item dois dessa lista. Uma outra é “Não Vão Me Matar”.