O Espírito Santo já deu à Terra (e até para outros planetas): um pop-rockongo que foi pra Marte (assista matéria do Jornal Nacional), um reggae-camisa-polo e uma Gizela Silveira aka Madoninha Capixaba. Ao contrário de Roberto Carlos, Sergio Sampaio, Pedro Me Dá Meu Chip (aqui) e Anderson Varejão, todos falharam miseravelmente.

Uma coisa que não falha vinda deste Estado é o hardcore. Seja via Dead Fish, seja via Fábio Mozine. Ao que parece, Mozine é menos vegetariano que os meninos melódicos e comanda um dos selos mais importantes para esta cena, o Läjä Records). O cara é quase um gênio do marketing. Primeiro porque sabe batizar suas bandas com o nome certo (Os Pedrero, Mukeka di Rato). E um monte de guri deve usar um boné de uma outra banda dele sem saber que é aquele logo de fonte “coca cola” é o símbolo de uma delas — isso sem contarmos que ele inventou o sensacional personagem crackinho (assista), também disponível em boné.

O último disco do conjunto musical Merda tem um ótimo viral e ele se chama “Nem Todo Brasileiro Que Gosta de Futebol Gosta do Neymar”. Mais do que uma discussão da ESPN, é uma discussão que deveria estar na pauta do Mais Você. São 48 segundos contra o moicano de playboy. Punk-rock em uma temática vintage sobre o mais popular esporte do mundo. Aí eu se consagro.

A canção está no álbum “Índio Cocalero” que é vendido em vinil por 10 dólares ou em CD por 15 mangos.

Letra:

“Nem Todo Brasileiro Que Gosta de Futebol Gosta do Neymar”

Odeio o seu cabelinho moicano (moicano de playboy!)
Odeio sua vida de moleque (futebol não é palhaçada!)
Futebol é coisa séria (respeitem o futebol de várzea!)

Jogadores deveriam usar apenas bigode, black power e mullets
Bigode, black power ou mullets.

Nem todo brasileiro que gosta de futebol gosta do Neymar.