Dorgas chega ao fim (ou algo parecido)

Num movimento inesperado, mas bem característico à banda, o grupo carioca Dorgas chegou ao fim. No início da tarde desta quarta-feira, Gabriel Guerra, tecladista e vocalista da banda (e bissexto colaborador do Fita Bruta), postou um longo texto no Facebook da banda detalhando um pouco da jornada emocional que parecem ter sido esses pouco mais de três anos de Dorgas.

O texto é ligeriamente truncado, mas fala abertamente sobre a ideia inicial da banda (“ninguem entrava e ninguem saia, e entre os 4 membros da banda só haveria o melhor e mais intimo tipo de amizade aonde ninguem do publico poderia REALMENTE entender o que acontecia por dentro”, você já tinha advinhado) e sobre algumas crises que levaram à banda a uma certa inércia, especialmente depois do lançamento do primeiro disco da banda, que o Fita Bruta elegeu recentemente como o melhor álbum brasileiro do ano passado.

No fim do texto, Guerra afirma que, da parte dele, ninguém deve esperar nada do Dorgas em 2014, algo que parece ser corroborado pelos outros integrantes. Cassius Augusto, baixista e vocalista da banda, comentou a postagem, colocando o que parece ser um ponto final na história toda.

Como alguém que a acompanha a banda desde o primeiro EP, o desfecho inesperado não chega a ser exatamente chocante, ainda levemente triste. Olhando pelo lado bom, em 4 EPs, um single e um álbum, o Dorgas chega ao fim com uma disografia impecável e que ainda tem muito para instigar os fás póstumos. Por enquanto, não há notícias de projetos solos além dos de Guerra, que faz parte do Epicentro do Bloquinho e atende como DJ de deep house sob o nome de DJ Guerrinha.

Deixo a seguir a primeira canção que ouvi da banda e talvez minha favorita: “Bruff”, faixa 1 do “Verdeja Music”, primeiro lançamento da banda.