30 Melhores Álbuns Internacionais de 2012

30+

 

[30-21] [20-11] [10-01]

20.20-swans-the-seerSwans
The Seer

Com “The Seer”, um trabalho de 30 anos, o Swans alcança com perfeição massacrante a definição que seu criador, Michael Gira, certa vez deu para sua música: “that deep sex-death place in the pit of your stomach”. (Matheus Vinhal)

19.flying-lotus-until-the-quietFlying Lotus
Until The Quiet Comes

Steve Ellison pisa no freio com o sucessor do hiper-informativo “Cosmogramma”, seu maior sucesso de público e crítica. Felizmente, Ellison soube transitar para um terreno mais econômico sem que sua música tenha ficado, por consequência, menos inteligente. (César Márcio)

18.Julia HolterJulia Holter
Ekstasis

Com cuidadosas camadas sonoras preenchendo aos poucos e delicadamente cada canção, Julia Holter constrói um disco bastante apegado à ideia de sonho e que, como tal, pode parecer à primeira escuta um pouco enigmático, mas que se revela ao longo da audição. (Matheus Vinhal)

17.ole-773-Cat-Power-Sun_jpg_250x540_q85Cat Power
Sun

Chan Marshall usa “Sun” para te dizer que está em nova fase: madura, preocupada com os problemas do mundo e feliz consigo mesma. E usa até autotune para te convencer. (César Márcio)

16.cloud-nothings-attack-on-memory-coverCloud Nothings
Attack On Memory

“Attack On Memory” é um álbum grunge feito por e para garotos (e garotas) que não viveram a era em que Kurt Cobain era rei. Esquecem-se os maneirismos, foca-se na força das guitarras (Albini está por aqui) e dos sentimentos. Um ataque à memória e aos ouvidos. (Livio Vilela)

15.Blunderbuss -  Jack WhiteJack White
Blunderbuss

“Blunderbuss” é um exemplo de obra criada por referências bem incorporadas. E é nisso que seu álbum se baseia. Um dos trunfos de “Blunderbuss” é como White recolhe dos gêneros que o chamam atenção (folk, soul, blues, classic-rock, lo-fi) um material para seu discurso, tomando cuidado para não fazer com que essas influências se sobreponham à voz que sua obra tem. (Túlio Brasil)

14.Sem títuloSharon Van Etten
Tramp

Com a sinceridade marcante dos grandes artistas do folk, Sharon Van Etten aperfeiçoa sua composição e apresenta em “Tramp” um conjunto de canções bem escritas, cantadas e arranjadas, com a beleza que esse conjunto necessitaria. É um disco forte em emoções, carregado com maestria pelo canto de Van Etten e acompanhado à beira da perfeição por sua banda. Há uma melancolia permeando todo o disco, que surge nos instantes mais calmos e alcança seu ponto máximo quando Van Etten solta sua voz e sua banda nos momentos de maior comoção. (Matheus Vinhal)

13.hot-chip-in-our-headsHot Chip
In Our Heads

“In Our Heads” é um disco de um conjunto obcecado em explorar e assegurar um domínio completo sobre si mesmo, em afinar cada vez mais e das mais diferentes maneiras a própria voz. E essa voz é justamente a união de sabe-se lá quantas vertentes de música pop, ocasionalmente apresentadas como se fossem antagônicas, reunidas em um só ponto, em uma só perspectiva. (Rafael Abreu)

12.here-we-go-magic-a-different-shipHere We Go Magic
A Different Ship

“A Different Ship” se mostra inicialmente como um apanhado de canções simples e boas o suficiente para convidar o ouvinte para uma segunda vez, quando, sutilmente, começam a se mostrar maiores e mais detalhadas do que se havia imaginado. Não é exatamente um disco de fone de ouvido, no sentido que ele não te obriga a ouvi-lo de um jeito ou de outro. As canções não se impõem, mas envolvem, desafiam, como demandassem “decifra-me” a cada nota. (Livio Vilela)

11.11-kendrick-lamar-good-kidKendrick Lamar
good kid, m.A.A.d city

Este é um disco sobre um garoto, o Kendrick Lamar de 17 anos, mas um disco também sobre um homem-feito, o produtor e MC Kendrick Lamar de 25 anos. Mesmo que seu material literal seja baseado na adolescência de Lamar em Comptom, “good kid, m.a.a.d. city” brilha porque é a realização máxima de um artista em grande forma, que enxergou na ausência de Andre 3000 uma oportunidade para reinar no hip hop americano já cansado do ego de Kanye West. Num ano fraco para o hip-hop, nem seria tarefa tão difícil. Contudo, devedor inconteste das bases deixadas pelo Outkast desde “Aquemini”, Lamar se esforçou para moldar estruturas complexas em hip hop palatável, coisa que a dupla de Atlanta fez com perfeição a partir da segunda metade dos anos 90. Dito isto, fica claro que não é um grande álbum porque é inovador e sim porque é bem-sucedido em mover para frente uma tradição. “good kid, m.a.a.d. city” é um álbum sobre maturidade, artística também, na visão de um garoto imaturo. Bem pensado, Lamar. (César Márcio)

 

[30-21] [20-11] [10-01]