7 motivos para você ouvir De Leve

Mais prometido que o trem bala Rio-São Paulo, o novo Zico do Flamengo e o bom senso do Tico Santa Cruz é o retorno do rapper De Leve. Mas ao contrário das três primeiras, Ramon Moreno deve mesmo cumprir o juramento e vir à público. Quem revelou isso foi Bruno Natal, em sua coluna no Jornal O Globo (e que você pode ler na íntegra no URBe).

No começo deste século, De Leve foi gravado em vários CDs-R que rolavam nas mãos dos garotos antenados do ensino médio. Não tinha pra vender, era de baixar mesmo. As mp3s do Quinto Andar rolavam soltas no KazaA e eMules da vida. O mais curioso é que decorar as rimas rápidas do extinto grupo nem ia dar ibope com as meninas, já que ninguém conhecia aquele som mesmo. Quem fez, se não beijou na boca, pelo menos curtiu o auge de uma das paradas mais legais do rap nacional.

De Leve saiu do Quinto Andar e seu último lançamento foi “De Love”, de 2009. Depois, dedicou-se às corridas de táxi após mudar para o Méier e ao tratamento de seu filho Juan, diagnosticado com autismo. O que sobrou foi a nostalgia daquele que foi um dos rimadores mais autênticos do rap brasileiro desde suas aventuras no extinto coletivo Quinto Andar. De Leve e seu parceiro DJ Castro metiam cavaquinho, trumpete e uma pá de coisa de forma sorrateira em um tipo de produção incomum pro rap em vigência. Ali em 2009, parecia até que ninguém ia se lembrar disso, mas… O nonsense e a mira certeira de De Leve parece que deixou um certo legado: o último álbum do grupo Cone Crew Diretoria bebe diretamente nos trabalhos do rapper de Niterói (a gente falou disso aqui). Parece contraditório, mas é música pop mesmo. Torta. Mas é. Não à toa, o álbum “Ventura”, do Los Hermanos, ganhou uma versão com os versos do rapper. Sério.

Então, enquanto ele não volta, confira sete motivos pra você ficar ligado em De Leve. Tem Quinto Andar, Marechal, Los Hermanos, treta na Campus Party, os clássicos e a música do rapper lançada em 2014.

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