The Killers
Runaways
[Universal/Island; 2012]
ENCONTRE: Site oficial
por Livio Vilela; 10/07/2012
Ainda insistindo na jornada de se tornar “A Grande Banda Americana” do novo século, Brandon Flowers e cia. vão passar o resto de 2012 e boa parte de 2013 tentando provar o quão grandes e incríveis eles são atualmente. Mesmo que não tenham exatamente sucedido em “Sam’s Town” e “Day & Age”, “Runaways” não coloca o Killers na rota de fuga, pelo contrário, liricamente apenas aprofunda a intenção de Flowers de criar uma espécie de narrativa pós-Springsneeana de homens e mulheres que amam demais, sofrem demais, vivem demais. Os amantes fugitivos lutando para sobreviver na crise ou algo do tipo, o que significa que você pode ou ignorar tudo isso emocionalmente e parabenizar Brendan pelo esforço, ou então cantar coisas “We can’t waaaaait until tomorrow” como se isso significasse algo fora do circo montado pela banda. Seja como for, o acompanhamento é o mesmo que você já está acostumado: eles estão mais americanos do que sempre, o que em termos mais inteligíveis significa que eles chamaram o produtor do Bruce Springsteen (menos “Born To Run” e mais “Born In The U.S.A.” agora) e do Pearl Jam (Brendan O’Brien) ao invés de chamarem o do U2 (Flood) e da Madonna (Stuart Price). No fim das contas, dá até para imaginar Jon Bon Bovi – camisa semi-abotoada e tudo – sentindo um pouco de inveja.